As competências técnicas da prática clínica em profissões de saúde só se adquirem com treino. E os “objectos” do treino intensivo são cobaias humanas. AS competências de um enfermeiro, ou de um cirurgião ou de um terapeuta ou de um obstreta depende de algo só aparentemente muito simples – experiência práticas concretas, repetição rotinizada de “boas práticas”, experiências contínuas de padrões de comportamentos técnicos em quantidade considerável, de forma a que os gestos técnicos se tornem rotinizados, seguros, quase automáticos.
Quando falamos em treino de competências, quanto mais, melhor. Um perito é capaz de ultrapassar a segurança da rotina técnica e ter uma visão mais abrangente podendo agir em situações excepcionais ou de emergência. Mas um perito só adquire este patamar de articulação /concepção ou criatividade porque está muito seguro das rotinas técnicas básicas.
O treino de competências clínicas em cobaias humanas levanta questões éticas delicadas.Levanta também questões práticas de oportunidades concretas de aprendizagens significativas e estruturantes de competências técnicas básicas.
Algumas alternativas são práticas em laboratório. A Escola de Ciências da Saúde do pólo de Braga da Universidade do Minho (UM) abriu um Laboratório de Aptidões Clínicas, para formar os seus estudantes, treinando-os na recolha de histórias clínicas.O projecto, permite que os alunos contactem com "doentes estandardizados", actores treinados para simular determinada patologiacom o objectivo de melhorar a comunicação dos médicos com os pacientes.
Ou seja as competências e técnicas comunicacionais são um instrumento de base na prática clínica e devem ser objecto de aprendizagem.
Outras comptências técnicas instrumentais podem também ser treinadas em laboratório.
usando estratégias ou equipamentos elaborados, com recurso a novas tecnologias.
Mas o “saber fazer”, quando se trata de intervenções /cuidados em seres humanos, tem de ultrapassar as fronteiras laboratoriais.
Sem comentários:
Enviar um comentário