Por vezes, basta um olhar, explicou-me o escritor. Alguém que se desencontra da multidão e fica absorto, numa vertigem da espera, a olhar para um lado improvável.
Às vezes a crispação e um rosto na paragem de autocarro ou umas mãos apodrecidas sobre um colo vazio. Às vezes é só a marca das olheiras de noites mal dormidas e no azulado das órbitas saltam estórias à espera de serem contadas.
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