Em a 13 de Dezembro de 2001, Makarov, imigrante ucraniano, deu entrada no serviço de Urgências do H Curry Cabral , com dores abdominais. No mesmo dia, devido à gravidade do quadro clínico, uma úlcera do estômago perfurada, foi sujeito a uma intervenção cirúrgica. Seis dias depois, teve alta .
Makarov começou a sentir-se mal, com dores, vómitos e ansiedade. E, em Agosto de 2002vomitou uma compressa pequena, dois ganchos e fio de sutura.
Apesar de se sentir bastante mal e não conseguir ingerir quase nenhuns alimentos sólidos, Makarov aguentou estoicamente e apenas voltou a recorrer a apoio médico em Novembro de 2002.
A razão desta atitude não é enunciada pelo MP, mas é provável que ela decorresse do facto de ser imigrante estar em situação ilegal e evitar o contacto com as instituições de saúde. A trabalhar nas obras, como operador de máquinas, Makarov só obteve autorização de permanência a 23 de Setembro de 2002.
Só depois de recorrer a serviços privados e fazer um raio X, o imigrante foi canalizado para as Urgências do HCC, onde foi de novo operado, para lhe retirarem uma tesoura, fechada, do estômago.
Recuperou das lesões abdominais, mas, em Maio de 2004, seria "encontrado na via pública com comportamentos psicóticos". Foi transportado para o HCC e transferido para o Hospital Júlio de Matos, onde lhe diagnosticaram uma "psicose delirante não especificada". Nota - Makarov foi operado por uma equipa incompleta, uma vez que não integrava um enfermeiro instrumentista - a quem compete contar o material no início e no fim das cirurgias. Contudo, conclui que, nesse caso, os médicos deveriam ter delegado as contagens no "pessoal circulante", ou feito, eles próprios, esse trabalho.
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