A notícia é um pouco superficial em termos de informação científica.
Mas noticia um facto - pesquisas actuais das neurociências demonstram o que já sabíamos - afinal, a moral é biológica e nada transcendente.
Não existem normas morais universais – o que é universal são as actuais estruturas específicas do cérebro humano resultantes da evolução.
O que não deixa de ser fascinante...
2 comentários:
1. Ora bem... Se a moral é biológica, então:
- Por que continuamos a falar de liberdade e responsabilidade pessoal, de decisões correctas/erradas, desejáveis/censuráveis? Por que metemos pessoas na cadeia, se, afinal, se limitaram a seguir a sua constituição biológica?
- Que razões dão estas teorias de fenómenos tão curiosos como o do arrependimento?
- Por que razão a moral é um âmbito apenas humano? Por que não o é, pelo menos, de todos os primatas superiores?
- Não estaremos apenas diante de um novo caso de «reciclagem» do mecanicismo determinista?
- Será o mesmo dizer que as emoções entram no processo de decisão moral e afirmar que a moral é biológica?
2. Se não há normas morais universais, como escapar do cepticismo? Por que razão é mais correcto o respeito pelos direitos humanos que violá-los? Por que razão é mais correcto dizer que não há normais universais que dizer o contrário? Por que razão quem defende que não há uma verdade universal quer fazer disso uma verdade... universal?
Alef
A liberdade pessoal é biológica.
Não há liberdade sem corpo.
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