sexta-feira, outubro 28, 2011

Da pace

"Procuremos identificar, mais de perto, as novas fisionomias da violência e da discórdia. Em grandes linhas, parece-me que é possível individuar duas tipologias diferentes de novas formas de violência, que são diametralmente opostas na sua motivação e, nos particulares, manifestam muitas variantes. Primeiramente temos o terrorismo, no qual, em vez de uma grande guerra, realizam-se ataques bem definidos que devem atingir pontos importantes do adversário, de modo destrutivo e sem nenhuma preocupação pelas vidas humanas inocentes, que acabam cruelmente ceifadas ou mutiladas. Aos olhos dos responsáveis, a grande causa da danificação do inimigo justifica qualquer forma de crueldade. É posto de lado tudo aquilo que era comummente reconhecido e sancionado como limite à violência no direito internacional. Sabemos que, frequentemente, o terrorismo tem uma motivação religiosa e que precisamente o carácter religioso dos ataques serve como justificação para esta crueldade monstruosa, que crê poder anular as regras do direito por causa do «bem» pretendido. Aqui a religião não está ao serviço da paz, mas da justificação da violência.

A crítica da religião, a partir do Iluminismo, alegou repetidamente que a religião seria causa de violência e assim fomentou a hostilidade contra as religiões. Que, no caso em questão, a religião motive de facto a violência é algo que, enquanto pessoas religiosas, nos deve preocupar profundamente. De modo mais subtil mas sempre cruel, vemos a religião como causa de violência também nas situações onde esta é exercida por defensores de uma religião contra os outros. O que os representantes das religiões congregados no ano 1986, em Assis, pretenderam dizer – e nós o repetimos com vigor e grande firmeza – era que esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição. Contra isso, objecta-se: Mas donde deduzis qual seja a verdadeira natureza da religião? A vossa pretensão por acaso não deriva do facto que se apagou entre vós a força da religião? E outros objectarão: Mas existe verdadeiramente uma natureza comum da religião, que se exprima em todas as religiões e, por conseguinte, seja válida para todas? Devemos enfrentar estas questões, se quisermos contrastar de modo realista e credível o recurso à violência por motivos religiosos. Aqui situa-se uma tarefa fundamental do diálogo inter-religioso, uma tarefa que deve ser novamente sublinhada por este encontro. Como cristão, quero dizer, neste momento: É verdade, na história, também se recorreu à violência em nome da fé cristã. Reconhecemo-lo, cheios de vergonha. Mas, sem sombra de dúvida, tratou-se de um uso abusivo da fé cristã, em contraste evidente com a sua verdadeira natureza.
O Deus em quem nós, cristãos, acreditamos é o Criador e Pai de todos os homens, a partir do qual todas as pessoas são irmãos e irmãs entre si e constituem uma única família. A Cruz de Cristo é, para nós, o sinal daquele Deus que, no lugar da violência, coloca o sofrer com o outro e o amar com o outro. O seu nome é «Deus do amor e da paz» (2 Cor 13,11). É tarefa de todos aqueles que possuem alguma responsabilidade pela fé cristã, purificar continuamente a religião dos cristãos a partir do seu centro interior, para que – apesar da fraqueza do homem – seja verdadeiramente instrumento da paz de Deus no mundo".

Bento XVI Encontro de Assis 2011

Sim. Jesus era Judeu

Nascido na Galileia há mais de 2 mil anos, Jesus de Nazaré foi, sem margem para dúvidas, um judeu. As escrituras cristãs confirmam a cada passo que Cristo – Yeshua ben Yosef, de seu nome hebraico – seguiu à risca as tradições e mandamentos do judaísmo ortodoxo. Mesmo assim, durante séculos, numa tácita aliança de silêncios, cristãos e judeus recusaram reconhecer as raízes judaicas do pregador da Galileia, a quem chamaram rabino, e que acabaria por tornar-se uma das mais influentes e emblemáticas figuras da História humana.

Abandonado, e mesmo combatido, pela Igreja Cristã (tanto católica como protestante) durante séculos, o judaísmo de Jesus, e o seu enquadramento contextual, só começou a ser explorado recentemente.

Esta corrente, nascida na recta final do século XIX, assumiu novas proporções nos finais do século XX, quando a busca do “Jesus Histórico” e das raízes hebraicas de Cristo começou a fascinar teólogos e historiadores cristãos e judeus. Arredados já do cíclico antisemitismo que levara os cristãos durante séculos a negarem o judaísmo de Jesus, estes redescobriam agora o Messias cristão no seu contexto histórico, étnico e religioso.


O judaísmo de Jesus foi, até 1900, praticamente posto de parte também pelos pensadores judeus, em grande medida como reacção às perseguições que o cristianismo encetara contra os hebreus. Recorde-se que até ao Concílio Vaticano II, em 1965, a própria Igreja Católica acusava os judeus de terem morto Cristo – uma acusação que não só negava a verdade histórica, desculpabilizando o papel do governador romano Pôncio Pilatos enquanto executor máximos da pena (ver Who is Responsible for Jesus’ Execution), como também escondia o facto de Jesus ser, ele próprio, um judeu. Esse era um facto histórico inescapável, mas mesmo assim rodeado de uma polémica apenas explicável por um antisemitismo latente.

“Muitos cristãos continuavam a recusar aceitar o facto de que Jesus era judeu, afirmando a pés juntos que ele era ‘cristão’. Mas um cristão, por definição, é um seguidor de Cristo. Se assim fosse, Jesus seria um seguidor de si próprio, o equivalente de um cão que persegue a sua própria cauda”, comenta o teólogo cristão Jonathan Went, um estudioso das raízes judaicas de Jesus.

Contando com as poucas referências talmúdicas, as fontes históricas judaicas sobre Jesus restringem-se a breves passagens de fragmentos deixados por historiadores hebreus, o mais famoso dos quais o Testimonium Flavianum, escrito por Flavius Josephus, que viveu entre os ano 37 e 100 da era comum.

Agora, quase dois mil anos passados sobre o seu desaparecimento, aos poucos, rabinos e pensadores humanistas judeus começaram a reclamar Jesus enquanto figura histórica intimamente ligada ao judaísmo.

Na década de 90, foram editados vários livros que abordavam uma visão judaica de Jesus, o mais significativo dos quais lançado em finais de 2001 nos Estados Unidos sob o título “Jesus Through Jewish Eyes: Rabbis and Scholars Engage an Ancient Brother in a New Conversation”.

Na verdade, os relatos das escrituras cristãs apontam para o facto de Jesus ter cumprido escrupulosamente todos os preceitos da religião judaica. Os Evangelhos do Novo Testamento bíblico contam que Jesus foi circuncisado oito dias após ter nascido (Lucas, 2:21), segundo regem as leis judaicas; ainda bebé foi apresentado no Templo em Jerusalém (Lucas, 2:22), de acordo com o que mandava a tradição, e foi educado na Lei de Moisés (Lucas 2, 39 a 42). A Bíblia cristã confirma ainda que ele, como todas as crianças judias, começou a aprender a Torá – a Bíblia hebraica – aos seis anos e aos 12 anos no Templo “ouvia e interrogava” os rabinos (Lucas 2:46). Mais tarde, os evangelistas relatam que Jesus celebrava os festivais judaicos (Páscoa, Tabernáculos e Hanuká) além de guardar todos os sábados como dias santos. Ao mesmo tempo, envergou tzit-tzit e tefilin, adereços litúrgicos ainda hoje usados pelos judeus ortodoxos. Mesmo assim, perante este verdadeiro mar de referências bíblicas ao judaísmo de Jesus, este continuou a ser ignorado através das gerações.

No livro “Rabbi Jesus: An Intimate Biography”, o teólogo e historiador anglicano Bruce Chilton traça um perfil do Messias cristão fortemente enraizado no judaísmo. Para Chilton, Jesus foi indubitavelmente um rabino, reconhecido como tal na Galileia, e “os seus ensinamentos tornavam-no em tudo semelhante a outros rabinos galileus, conhecidos como chasidim. (…) Os chasidim eram curandeiros que curavam os doentes e aliviavam a seca através da oração, e Jesus juntou-se às suas fileiras”.

Numa visão amplamente partilhada por vários teólogos judaicos contemporâneos – entre eles Z’ev ben Shimon Halevi – , o padre Bruce Chilton vê ainda em Jesus um discípulo dos mestres da Cabalá, uma palavra hebraica que literalmente significa “tradição recebida” e que traduz o misticismo judaico. As influências cabalísticas nos ensinamentos de Jesus são notórias. A mais evidente de todas é a chamada “regra de ouro do judaísmo”, ensinada pelo rabino Hillel, que viveu em Jerusalém cerca de 200 anos antes de Jesus. Conta o Talmude que um viajante pouco familiarizado com os judeus pediu ao rabino Hillel que numa frase lhe explicasse a essência do judaísmo. O rabino olhou-o por instantes e respondeu sem hesitar: “Ama o próximo como a ti mesmo. Agora vai e pratica o que aprendeste.” A mesma máxima, repetida posteriormente por Jesus, pode ser encontrada na Bíblia hebraica, no livro de Levítico.

A grande separação das águas, no entanto, acontece quando teólogos judeus e cristãos são forçados a debater o papel de Jesus enquanto Messias. Para os judeus, o Nazareno é um rabino que seguiu a senda de outros nomes grados da história do judaísmo, mas que nunca quis formar uma religião à parte – mas sim reformar por dentro, levando os judeus do seu tempo a repensarem a sua relação com Deus. Na verdade, a separação entre o judaísmo e os seguidores de Jesus acontece posteriormente, quando Saulo de Tarso (São Paulo) transforma em religião distinta o que até então era apenas uma seita judaica.

Apesar da existência de movimentos messiânicos , onde judeus assumem a sua crença em Jesus enquanto messias, a questão da divindade de Cristo assume-se como a barreira inexpugnável entre as duas visões.

Mas o judaísmo de Jesus não é apenas um tema de debate teológico. A essência transbordou também para a literatura. Em “Ulisses”, James Joyce coloca o seu personagem principal, o judeu irlandês Leopold Bloom, em confronto com um antisemita cristão nas ruas de Dublin. Nesta parábola carregada de simbolismo, o antisemita, tal como o ciclope enfrentado por Ulisses, tem apenas um olho. Às invectivas, Bloom responde perante a ira incontida do seu interlocutor: “Mendelssohn era judeu, como Karl Marx e Mercadante e Spinoza. E o Salvador era judeu e o seu pai era judeu. O teu Deus era judeu. Cristo era judeu, como eu.”

Um dos primeiros teólogos judaicos a abraçar o judaísmo de Jesus foi o rabino americano Stephen S. Wise, que num artigo intitulado “The Life and Teaching of Jesus the Jew”, datado de Junho de 1913, escreveu: “Nem protestos cristãos nem lamentações judaicas podem anular o facto de que Jesus era judeu, um hebreu dos hebreus.”

terça-feira, outubro 25, 2011

revolução no vaticano

Y es que, Roma pide, entre otras cosas (como pueden leer aquí), que se cree un banco central con "horizonte planetario', desautoriza por completo al FMI y hasta se suma a la petición de la tasa Tobin, santo y seña de todos los verdes, progres y antisistema que en el mundo han sido.


Da gusto leer que, en vísperas del G-20, el Vaticano, además de las medidas comentadas, pide que se implemente un impuesto a las transacciones financieras.
Siempre se dijo, en un latiguillo recurrente, que Juan Pablo II era un Papa cosnervador en lo moral y avanzado en lo social. Pues, al parecer, en Roma y de la mano de Benedicto XVI, el Papa anciano y sabio, siguen soplando los mismos vientos de apertura social. Casi revolucionaria.

Como no tempo das catacumbas

Mulheres ordenadas celebram.

segunda-feira, outubro 24, 2011

quinta-feira, outubro 20, 2011

Lugares de desesperança

Pelos frutos se conhece a árvore

Lugares de esperança

Bento XVI anunciará brevemente que o Bispo Diocesano de Regensburg, Alemanha, Dom Gerhard Ludwig Müller, ficará á frente da  Congregação para a Doutrina da Fé. Conhecido pela sua falta de paciência para com os cismáticos integristas e com a sua proximidade com a Teologia da Libertação, a sua nomeação está provocar crises de histeria antecipatória nos meios radtrads.
A seguir com esperança...

European rabbis call on Vatican to stop talks with Williamson's group

"the president of the Conference of European Rabbis, Rabbi Pinchas Goldschmidt called on Pope Benedict XVI to halt the Vatican talks with "extremist" Catholic groups such as the SSPX.
"Comments like these take us back decades to the dark days before there was a meaningful and mutually respectful dialogue between Jews and Roman Catholics,” the CER president, who is chief rabbi of Moscow, declared, adding: "There must be no rapprochement within the Catholic Church for those of its flock who seek to preach words of hate."
He pointed out that Williamson was not the only one in the brotherhood who accuses Jews of deicide. Last month, another senior SSPX cleric, Abbot Régis de Cacqueray, the superior of the French Province of the Pius Brotherhood, also accused Jews of killing God's son. “Pope Benedict has shown a commitment to fostering a spirit of positive dialogue with Jews both before and during his papacy. But he must clearly show that there is no room in the Catholic Church for purveyors of hate."

terça-feira, outubro 18, 2011

A Bússola

"Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa. Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».

 MOTU PROPRIOPORTA FIDEI
BENTO XVI

segunda-feira, outubro 17, 2011

Assis

A 14 de maio de 2009  o papa Bento XVI rezou pela paz em Nazaré,  de mãos dadas com um rabino e um imame da Galiléia, enquanto outro rabino entoava o "Salam, Shalom", paz em árabe e em hebraico.
A oração comum foi feita no auditório do Santuário da Anunciação, em Nazaré, onde o papa manteve um encontro com representantes cristãos, muçulmanos, judeus, drusos e de outras religiões.
Em 17 de Setembro de 2010, em Londres , Bento XVI tornou-se o primeiro papa a visitar  a Abadia de Westminster, onde rezou um culto ecumênico juntamente com o arcebispo de Canterbury.
 Dia 27  que lugar o quarto Encontro de Assis, que é aguardado com grande expectativa, até porque passam 25 anos sobre o que se realizou em 1986.



"O anúncio de Bento XV foi feito durante a recitação do Angelus do dia mundial da paz deste ano. O papa Ratzinger falou com palavras de esperança, depois dos atentados no Egipto contra algumas igrejas cristãs. Surpreendendo tudo e todos anunciou o 4.º encontro inter-religioso de Assis que representará certamente a melhor resposta e a atitude peremptória mais adequada à intolerância, ao radicalismo religioso, à violência, às perseguições religiosas que ultimamente se têm registado contra os cristãos. Ratzinger retomava a ideia do papa Wojtyla, mostrando sentir a urgência do diálogo ecuménico e inter-religioso como ainda recentemente sucedeu na sua viagem à Alemanha."


O padre Piemontese, superior do convento franciscano de Assis, comentou o anúncio do próximo encontro como um relançamento, numa hora tão dramática, da vontade de paz e de tolerância que desta cidade se ergueu no passado como um grito forte e que viu reunidos, numa única oração, cristãos e homens de fé pertencentes a todas as religiões do mundo.

Em Assis, estão postos os olhares de quem acredita no diálogo. Porque, como disse Piemontese, a cidade incarna a profecia da paz e a Basílica local é reconhecida como altar do mundo. Francisco viveu, pregou e promoveu a cada instante a tolerância e hoje ajudará os homens de boa vontade inspirando-lhes pensamentos e acções de paz e de afirmação da liberdade religiosa.

quinta-feira, outubro 13, 2011

A Tradição ainda é o que era

Eu gosto da duquesa de Alba.
Gosto como quem gosta de coisas bizarras que nos enternecem, como aqueles cãezinhos de raça monstruosos e cheios de rugas.
È que a duquesa de Alba é uma mulher feia, tenebrosa mesmo, com aquele rosto desfigurado por cirurgias plásticas. Representa tudo o que há de mais óbvio nestas coisas da realeza - nunca fez mais nada na vida a não ser usufruir do dinheiro e da posição social que herdou - ou seja divertir-se à brava,  gastar fortunas em caprichos e degustar uma razoável colecção de amantes.
O ùltimo capricho foi um casamento serôdio com um caçador de dotes charmoso ( bastante velho também, mas que ao lado dela parece um ingénuo jovem). Que uma múmia  nonagenária leve avante o seu capricho final e consiga comprar um marido contra tudo e contra todos,  parece-me uma bela imagem da realidade em que vivem os suspirantes monárquicos. No entanto um pormenor da boda emocionou-me:   a noiva decrépita usou umas meias de rede cor-de-rosa ( iguazinhas às meninas dos cabarets) mas sob o rendilhado viam-se as tenebrosas manchas arroxeadas de umas pernas corroídas pela velhice. E, contra todas as expectativas, a múmia dançou.

terça-feira, outubro 11, 2011

Assis, para os católicos de hoje

"Assisi 2011: manca pochissimo alla giornata di riflessione, dialogo e preghiera per la pace e la giustizia nel mondo, che vedrà riuniti nella cittadina umbra il Papa con i massimi rappresentanti delle religioni mondiali. E dal Vaticano ci si affanna a spiegare il senso dell’appuntamento, consapevoli che sono destinate a risorgere le polemiche interne al mondo cattolico con i settori tradizionalisti pronti a gridare al “tradimento”: il vescovo di Roma, secondo loro, non dovrebbe andare a braccetto con eretici e miscredenti. In realtà, come spiega e fa capire questo volume, che raccoglie articoli di cardinali di Curia, teologi, esponenti di movimenti cattolici (già pubblicati su L’Osservatore Romano), le ragioni dell’impegno per la pace devono andare oltre le appartenenze religiose e devono produrre un sentire nuovo. Le religioni smettano dunque di creare divisioni nell’umanità ed agiscano concordi a favore di uno sviluppo pacifico. Chi non lo comprende, notano i diversi autori, è fuori dal Concilio Vaticano II.








Ed è lontanissimo dal dialogo interreligioso come si sviluppa oggi: da un lato dibattito teologico; dall’altro gesti comuni per dire che tutte le religioni sono autentiche quando hanno a cuore il benessere dell’umanità."


AA.VV., Assisi 2011, Libreria Editrice Vaticana 2011; pp. 65


"

A verdade liberta

Cromoterapia


Tem um ar vermelhusco ( missas a mais, com grandes consumos de alcoól?) e não gosta de dentistas, o que o torna desde logo candidato a um lugar na caderneta, mesmo ao lado do emplastro...

Caderneta de Cromos

Padre Michael Rodríguez,cheio de tiques suspeitos,  amante das latinices e coisas quejandas
Feio até doer, este cromo merece destaque na colecção.

Caderneta de Cromos



"O bispo lefebvrista britânico Richard Williamson, membro da Fraternidade São Pio X –que reúne os seguidores do arcebispo francês Marcel Lefebvre que faleceu excomungado– foi condenado a pagar uma multa de 6 500 euros por ter negado a shoah, o holocausto judeu".

Não se trata apenas dum velho nazi amante do latinório, é um autêntico cromo, feio como o diabo....

domingo, outubro 09, 2011

A barreira invisível

Palavras claríssimas de Dom Domenico Mogavero, Bispo  de Mazara del Vallo , proferidas num ainda mais claro italiano, num livro recém-publicado. O  prefácio, assinado pelo   arcebispo-emérito de Milão, Cardeal Tettamanzi conhecido pelas suas posições pastorais e doutrinárias completamente opostas aos lunáticos tradicionalistas tridentinos. Outra voz sonante, tanto mais  que está na categoria de papabili.

Ambos concordam: a decisão de Bento XVI de  tentar a reconciliação dos cismáticos lefebvrianos nada mais trouxe que perplexidade e turbulência. A ler com MUITA atenção.

Fellay o procrastrinador compulsivo

Como era expectável, pelo lado dos fellacianos, o cisma mantém-se.  Os cromos que andavam a falar em prelaturas pessoais ( aliás já o fazem há quatro anos) ficaram assim:


terça-feira, outubro 04, 2011

Sim, nós somos Igreja!

"Quando dizemos: “Nós somos Igreja”, sim, claro, é certo, somos nós, não um qualquer. Porém o ‘nós’ é mais amplo do que o grupo que o está dizendo. O ‘nós’ é a comunidade inteira dos fiéis, de hoje, de todos os lugares e todos os tempos. E digo sempre, ademais, que na comunidade dos fiéis, sim, existe, por dizê-lo assim, o juízo da maioria de fato, porém nunca pode haver uma maioria contra os Apóstolos e contra os Santos: isso seria uma falsa maioria. Nós somos Igreja: Sejamo-lo! Sejamo-lo precisamente no abrir-nos, no ir além de nós mesmos e em sê-lo junto aos outros”.

Bento XVI