quinta-feira, dezembro 29, 2011
Seitas
Parece que o Fellay está em vias de ser deposto ... è o preço a apgar pelas malogradas "negociações" entre a seita de lefebvre com o Vaticano. Os cismáticos continuam a não aceitar o Concílio Vaticano II e vão fazendo sucessivas manobras dilatórias...
quarta-feira, dezembro 28, 2011
Direitos das mulheres - uma luta que não termina nunca
Enquanto na Síria, milícias ao serviço de poder islãmico torturam, violam e fazem testes de virgindade forçados ás jovens mulheres que protestam na rua, em Israel judeus ortodoxos insultaram e espancaram crianças por causa de vestuário impróprio que incita ao deboche e violação. O facto de uma das vítimas ser uma criança de oito anos não demoveu os fanáticos.
Milhares de israelitas manifestaram-se ontem contra a segregação de mulheres por judeus ultraortodoxos em Beit Shemesh, cidade ao oeste de Jerusalém. Lia-se em um cartaz: “Beit Shemesh não será um novo Teerão”.
O fundamentalismo religioso, qualquer que seja (incluindo o integrismo católico) tem um ódio profundo contra as mulheres - os direitos adquiridos que julgamos definitivos podem ser varridos por estes bandos de fanáticos.
A boa notícia é que as mulheres e a sociedade civilizada em geral tendem a lutar por estes direitos e a não aceitar passivamente um voltar ao passado
terça-feira, dezembro 27, 2011
Casa dos segredos - Quadras natalícias
Enquanto o país se afunda no abismo coelhónico sob a batuta de um gasparzinho lentificado, a populaça em geral, delicia-se com a casa do segredo, um programa recordista de audiências.
A figura mais carismática e provável ganhadora deste prostíbulo mediático é uma ex (???) - prostituta estrábica, com um QI digno de uma abóbora, que chupa no dedo, tem enurese nocturna e tenta a todo o custo ser comida por outros concorrentee - incluindo um jovem pasteleiro devidamente musculado e tatuado. Os pais e mães destas criaturas, em plena noite de natal vão á televisão dizer do seu orgulho maternal por tão vistosas ninfetas que fazem sexo em público para uns milhões de voyeurs.
Ò orgulho maternal, ó vã cobiça, ó vómito fraterno da cloaca que tudo vende, até a dignidade mais básica das pessoas, sob as bençãos de santa teresa.
Crónicas natalícias
O homem escreve um texto técnico do computador aflitamente, com várias gralhas. O word assinala os erros automaticamente e o homem corrige-os ao longo das frases, volta atrás, hesita, rumina vogais. Não gosta de escrever textos, prefere cálculos contabilísticos, navega à vontade no Exel, SPSS ficheiros numéricos, estatísticas. Tudo menos palavras mais ou menos pesadas que de vez em quando tem de escrever em relatórios técnicos. O escritório está seco, ainda ontem foi natal, uma garrafa de água de litro e meio filtra a poalha que circunda dossiers antigos. O homem está sozinho com uma música da Radio-80 e bate as teclas de forma sincopada enquanto atende telemóveis alternativos.As orelhas pequenas equilibram um rosto roliço de ruivo antigo. Na gaveta de cima o homem guarda o gel lubrificante que comprou à tarde na sex-shop da esquina: è um gel avermelhado, um frasco em forma fálica que promete sensação de calor."Multiplique as sensações com Durex Play Lubrificante Íntimo efeito calor. Confirme como incrementa a sua sensibilidade e desfrute de uma agradável sensação de calor que aumenta com um sopro sobre a pele". O homem abre a gaveta, relê o rótulo, suspira e repara que cometeu mais três erros.
Hesita e entreabre a porta do escritório. No Hall com efeito de estufa pendem ociosas ramadas de hera num efeito lúgrube de selva artificial.
Sem um sopro de calor sobre a pele o homem regressa ao ofício de escrivão, na secreta esperança que o natal finalmente chegue hoje.
"Tinha, como direi, eu, que sou uma senhora a seu modo pacata e até pudica, uma, ou melhor, um derrière esplendido. Não é preciso ser homem pra essas avaliações. Firme em definidos e perfeitos contornos, rebelde ao disfarce das saias e anáguas daquele tempo, inscrevia-se na cara de sua dona, que, movendo os olhos como as ancas, subia a rua em falsa pudicicia, apregoando-se: tenho.
Os homens ficavam loucos. Eu era mocinha boba e escutei no armazém do Calixto ele dizer pro Teodoro, meu futuro marido, naquele tempo preocupado em fazer bodoques de goma: eh, ferro! O Vicente não vai dar conta daquela ali, não. É preciso muita saúde. Calixto falava com o Teodoro do que eu suspeitava serem os tesouros da Oldalisa e ela nem aí, toda toda, sobe e desce rua. Exatamente o que era me escapava, só podia ser coisa de homem e mulher. Felicitei-me por estar viva e participar de segredos tão excitantes. O Vicente era muito magrinho, não jogava bola, não nadava, "não salientava em nada", o Vicente Cisquim. Pois foi dele que a Raimunda — como o Calixto chamou ela naquele dia — gostou. Casaram e tiveram pencas de filhos. O Calixto ficou chupando o dedo. Ser bonitão e dono de armazém não contou ponto pra ele. "
Adélia Prado
Dezembro ainda
Ao sair de casa o cheiro da infãncia apanhou-me completamente desprevenida.
Os dias gelados de sol de absinto em tudo iguais, o odor a bolos acabados de fazer.
Os dias gelados de sol de absinto em tudo iguais, o odor a bolos acabados de fazer.
segunda-feira, dezembro 26, 2011
sexta-feira, dezembro 23, 2011
Did women have a role in the Council of Trent? No, it's not a typographical error - the Council of Trent, that ecclesiastical event (1545-1563) whose 450th anniversary will be celebrated in 2013. The answer is no. But from Trent onwards, women began to be affected: for years there was talk of forced monastic conversions, and especially of the many founders of female congregations that still exist today and play an important role in bringing the Church closer to daily life. This makes it possible to "reread even the Council of Trent in light of gender," especially due to two aspects (at least) arising directly from Trent that are still in effect today, as is explained in this anthology volume collecting the contributions of a 2009 convention.The first is the barring of women from the holy orders. The ordination of women is impossible because access to the priesthood carries a superiority over others that women cannot assume, since they are inferior to men. That was the argument of the Dominican Domingo de Soto, made at the time of the Council. The Council, in fact, does not speak of any role for women, and its documents speak only of "men." It simply wasn't part of the mentality of that age, and the ban on women in the holy orders arises from this period.
Vatican II carried a review of language and the priesthood, but the treatise of Trent very much influences both the collective imagination and theological doctrine.
The second aspect is liturgical reform, which has engendered much nostalgia for the Tridentine mass and the use of Latin. For those who feel this nostalgia, the Council of Trent is seen as continuous with tradition, which was broken by Vatican II with its liturgical reforms and ecumenical and interreligious dialogue. In reality, as demonstrated by lay theologian Andrea Grillo, Vatican II did the same job as Trent (though using more cryptic language): to renew language and style while at the same time assuring continuity. Where is the error? In those who cannot see that there is sacred action, reserved to the clergy, and another, ritual action, which puts the Church and the announcement of Christ at its center. As Paul VI said in 1965, Vatican II and liturgical reform brought "a new spiritual pedagogy," or different modalities for content that is consistent with tradition. The journey toward a new language is not without danger - this has always been a fundamental problem for the Church, intensified today because of the plasticity of language. We strive to understand what the Californian cognitivists of Palo Alto have known for the past 60 years: we are immersed in communication, which shapes every action and behavior. To succeed in making this a positive skill is a challenge for the Church (as it is for everyone), in the realm of symbols and in terms of explanation of the Gospel. It is an immense task.
terça-feira, dezembro 20, 2011
sexta-feira, dezembro 16, 2011
E no entanto move-se
Após uma pena de excomunhão abusivamente decretada por um bispo local, a freira católica gestora que apoiou a realização de um aborto terapêutico num hospital católico foi perdoada pelo Vaticano e regressou às suas funções normais .
A situação de excomunhão foi dramaticamente repulsiva , visto que a freira em causa outra coisa não podia fazer a não ser autorizar um aborto terapêutico para salvar a vida da mulher, sob pena de cometer homicídio por negligência.
Para o Bispo local, equipa médica devia ter deixado a mulher morrer conjuntamente com o embrião, porque se dizem a favor da vida. A propóstito desta anormlidade vale a pena ler este artigo:
A boa notícia é que o Vaticano desautorizou o Bispo local, a excomunhão foi levantada, a freira voltou às suas funções no hospital católico onde trabalhava e que isso é uma prova que os fundamentalistas católicos,que preferem o homicídio ás escolhas pela vida nem sempre vencem.
sábado, dezembro 10, 2011
A paz das mulheres
Três mulheres foram galardoadas com o Prémio Nobel da Paz.
Vale a pena escutar as palavras destas mulheres extraordinárias.
"The Nobel Committee cannot license us three Laureates to speak for women. But it has provided us a platform from which to speak to women, around the globe, whatever their nationality, their color, their religion, or their station in life. It is you, my sisters, and especially those who have seen the devastation that merciless violence can bring, to whom I dedicate my remarks, and this Prize.
Although international tribunals have correctly declared that rape, used as a weapon of war, is a crime against humanity, rapes in times of lawlessness continue unabated. The number of our sisters and daughters of all ages brutally defiled over the past two decades staggers the imagination, and the number of lives devastated by such evil defies comprehension.
Trough the mutilation of our bodies and the destruction of our ambitions, women and girls have disproportionately paid the price of domestic and international armed conflict. We have paid in the currencies of blood, of tears, and of dignity.
However, the need to defend the rights of women is not limited to the battlefield, and the threats to those rights do not emanate only from armed violence. Girls’ education, seen far too often as an unnecessary indulgence rather than the key investment it is, is still under-funded and under-staffed. Too often girls are discouraged from pursuing an academic training, no matter how promising they may be. As we celebrate today, we are mindful of the enormous challenges we still face. In too many parts of the world, crimes against women are still under-reported, and the laws protecting women are under-enforced. In this 21st century, surely there is no place for human trafficking that victimizes almost a million people, mostly girls and women, each year. Surely there is no place for girls and women to be beaten and abused. Surely there is no place for a continuing belief that leadership qualities belong to only one gender.
Yet, there is occasion for optimism and hope. There are good signs of progress and change. Around the world, slowly, international law and an awareness of human rights are illuminating dark corners, in schools, in courts, in the marketplace. The windows of closed chambers where men and women have been unspeakably abused are being opened, and the light is coming in. Democracies, even if tentatively, are taking root in lands unaccustomed to freedom"
Vale a pena escutar as palavras destas mulheres extraordinárias.
"The Nobel Committee cannot license us three Laureates to speak for women. But it has provided us a platform from which to speak to women, around the globe, whatever their nationality, their color, their religion, or their station in life. It is you, my sisters, and especially those who have seen the devastation that merciless violence can bring, to whom I dedicate my remarks, and this Prize.
Although international tribunals have correctly declared that rape, used as a weapon of war, is a crime against humanity, rapes in times of lawlessness continue unabated. The number of our sisters and daughters of all ages brutally defiled over the past two decades staggers the imagination, and the number of lives devastated by such evil defies comprehension.
Trough the mutilation of our bodies and the destruction of our ambitions, women and girls have disproportionately paid the price of domestic and international armed conflict. We have paid in the currencies of blood, of tears, and of dignity.
However, the need to defend the rights of women is not limited to the battlefield, and the threats to those rights do not emanate only from armed violence. Girls’ education, seen far too often as an unnecessary indulgence rather than the key investment it is, is still under-funded and under-staffed. Too often girls are discouraged from pursuing an academic training, no matter how promising they may be. As we celebrate today, we are mindful of the enormous challenges we still face. In too many parts of the world, crimes against women are still under-reported, and the laws protecting women are under-enforced. In this 21st century, surely there is no place for human trafficking that victimizes almost a million people, mostly girls and women, each year. Surely there is no place for girls and women to be beaten and abused. Surely there is no place for a continuing belief that leadership qualities belong to only one gender.
Yet, there is occasion for optimism and hope. There are good signs of progress and change. Around the world, slowly, international law and an awareness of human rights are illuminating dark corners, in schools, in courts, in the marketplace. The windows of closed chambers where men and women have been unspeakably abused are being opened, and the light is coming in. Democracies, even if tentatively, are taking root in lands unaccustomed to freedom"
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