quinta-feira, junho 02, 2011

Coelhismo explicado aos pequeninos


Na hora em que a extrema direita em Portugal saliva com a oportunidade de "ir ao pote",  o ódio contra o Primeiro Minstro transformado  numa  espécie de "vendeta" ad hominem  avança por aí. Nada de novo - a raiva  personalizada, mais do que ideias para o país ou projectos consistentes é o que tem agitado o meio político parlamentar nos últimos dois anos. De uma forma quase paranóide e persecutória.
Mas este estilo politiqueiro  rasco diz muito da mediocridade crónica das hostes laranja, que pode eleger, finalmente,  o seu produto mais óbvio - um boy da jota, produto directo do cavaquismo, que toda a vida adulta viveu à sombra do proteccionismo partidário, desde as oportunidades de emprego ( patrocinadas por padrinhos barões laranja e empresas partidárias),  até ao curso superior tirado muito tardiamente e  numa universidade privada reduto do partido.

Sejam quais forem os resultados eleitorais, há uma curta  nota prévia que convém assinalar .
Numa das mais graves crises económicas mundiais dos últimos 80 anos, há a possibilidade de ser eleito  um primeiro ministro cujo currículo político ou profissional se caracteriza pela nulidade e mediocridade. ( Só para avaliar o seu grau, os mesmos correlegionários  que agora o aplaudem,  a babujar expectativas de tacho, são os mesmos que há dois anos acharam que Coelho não tinha sequer perfil para ser deputado e por isso o afastaram das listas eleitorais).
A incapacidade é tão notória que assumem desde já, mesmo antes de começarem de  governar, a impossibilidade de cumprir os acordos que assinaram há umas semanas.
O que se avizinha para Portugal é por isso muito próximo da catástrofe. Não que isso afecte gravemente as elites que já veem na crise uma oportunidade de oiro para estabelecer em definitivo um modelo económico de ruptura, ou seja, o neoliberalismo económico sem qualquer regulação e o fim do estado social. È este o programa político do Coelho e sua comandita e é para isso que ele vai ser colocado no poder, como pequena marionetta loira.

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