Só hoje pude visitar o velho mosteiro depois das obras de recuperação. O trabalho de restauro está fabuloso e finalmente tornou-se possível visitar o velho mosteiro e percorrer os vestígios da vida das monjas, pobres mulheres sujeitas clausura, amortalhadas em vida. Vale a pena percorrer as zonas baixas o mosteiro num dia como o de hoje, de frio intenso, em que a humidade do rio penetra até aos ossos. Na zona dos claustros onde foram encontrados os restos de cadáveres a penumbra é ainda mais violenta. Os esqueletos retirados permitiram perceber as doenças, achaques e agruras das pobres mulheres. Algumas da nobreza, conservavam os pequenos luxos medievais consentidos ás mulheres abastadas - a saber - comida farta , banhos integrais ( sem roupa) com uso de essências, perfumes e jóias.
Mas esta aparente "folga" da vida de prisão é logo contrariada pelos instrumentos de tortura - silícios e outras formas de autoflagelação a que se sujeitavam, sem falar dos exames médicos, das purgas e das sangrias praticadas .
Gota, reumatismo, infecções respiratórias graves, inanição devida ao jejum, infecções dentárias, grande é o rol d edoença sdas freiras que morriam novas, como convinha ao reino dos céus.
Fica-se com uma impressão de profunda piedade por estas mulheres reduzidas a prisão perpétua contra sua vontade.
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