quarta-feira, agosto 06, 2008
Lost in translation
O que existe de mais inútil nas férias é a procura de acentos em teclados estranhos. Estamos demasiado habituados aos dedos das sombras dos teclados onde o nosso cérebro mecanicamente reconhece as letras ainda antes de as pressionarmos. Do vazio absoluto do amor ou da espécie de fingimento anestesiado em que todos mais ou menos vivemos; esta busca de acentos nu, teclado estrangeiro é quase uma metàfora existencial; sobretudo quando estamos rodeados de pessoas estranhas incapazes de um diálogo minimamente interessante, incapazes de beberem a nossa essência ou o sentirem na pele o que nos move. Pessoa que nos limitam o respirar, os sussurros dos sonhos nas suas teias narcisistas; pessoas que se limitam a vampirizar emocionalmente os outros, e os destroem lentamente. Há gente assim; enleada em teias de egoísmo perturbado, em que a religiosidade doentia e obsessiva nada mais é que um esforço patético de uma espécie de masturbação mística. Á falta de orgasmos rezam novenas e coleccionam escapulàpios e fazem peregrinações.... Puta que os pariu a todos.
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4 comentários:
Pobre miúdo
Como diz o meu amigo Hugo, somos reaccionários. Mas também somos beatos, obscurantistas e mal-humorados. Às vezes, só nos conseguimos rir de si.
Imagine.
Mas, como diz, e bem, o caríssimo Hugo, deixe lá.
Pedro Lopes
Pobre pedrito.
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