quinta-feira, agosto 02, 2012

O sopro

No cume da montanha sopra uma brisa com cheiro a ervas derretidas sob o sol. Dez quilómetros de marcha até chegar aqui. Respiro fundo, uma e outra vez e uma paz sem nome toma conta de mim.
Poiso a mochila, pesada. O peso era enorme, só agora reparo. Há medida que andamos, coisas tão simples como um telemóvel começam a pesar toneladas.
Tenho sempre andado com tantas pessoas ao colo . E essa é a minha felicidade. E o meu cansaço.

Sento-me sem pesos.

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