A discussão a propósito da não aceitação de dádivas de sangue por parte de homossexuais assumidos transformou-se numa espécie de luta crispada nas últimas semanas.
Subjacente ao tema, e tendo como aparente ponto de partida a defesa da saúde e do bem comum alicerçada em critérios "estritamente" científico, está um velho discurso sobre o valor do sangue e da dádiva da vida e a crença de que alguns, "naturalmente", terem sangue sujo ou estarem contaminados com uma marca qualquer de pecado indelével que os torna impuros.
Eu por mim nunca aceitaria uma transfusão de sangue do Bruno, pela mesmíssima razão que nunca aceitaria uma dádiva de sangue do Zézé Camarinha. Ou seja, comportamentos de risco, parceiros múltiplos, promiscuidade assumida, não utilização de preservativos.
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