sábado, dezembro 16, 2006


“Do outro lado, não há hesitações de espécie nenhuma: a ICAR, por exemplo, promove um concurso de arte infantil sobre a vida intra-uterina denominado "A minha primeira morada". Reparem bem: morada. A metáfora imobiliária é claríssima: o útero não é da mulher, o útero é do inquilino (o feto) e/ou do proprietário - o estado, a Igreja, a sociedade.Pela parte que me toca não cedo um milímetro. Continuo feminista - isto é, alguém que acredita que a igualdade plena entre os sexos é uma questão de civilização; e continuo radicalmente liberal - alguém que acredita que, apesar do determinismo social, devemos pugnar pela autonomia e dignidade plenas das Pessoas.
Miguel Vale de Almeida

1 comentário:

Vítor Mácula disse...

Este é inequivocamente um dos pontos de tensão, pelo menos na minha gentil (sic;) pinha e sentimento.

Beijos, bom fim de semana.